São tempos estranhos, mas algumas coisas permanecem iguais. E justamente nessas coisas simples podemos encontrar uma transformação de consciência capaz de tornar a vida menos complicada. Estou falando das notícias, das conversas e das informações que chegam até nós todos os dias.
Na noite passada, enquanto pensava em qual seria o tema deste artigo, tive um sonho curioso. Não era exatamente um pesadelo, mas também não foi agradável. Sonhei que pequenas criaturas estranhas tentavam me levar a um estado de medo. Pareciam mais personagens de desenho animado ou de fantasia do que algo realmente assustador.
Ainda meio adormecida, perguntei a essas criaturas quem eram elas. É uma técnica que uso com frequência para analisar meus sonhos. Elas se olharam surpresas, sem saber como responder, até que uma delas disse em voz firme: “Somos os seus medos. Somos todas aquelas notícias que você lê sem querer, os comentários pesados que aparecem nas redes sociais, as palavras pessimistas que escuta de vez em quando. Não viemos fazer nada, só estamos aqui para te assustar.”
Acordei refletindo. De fato, as notícias existem, e muitas vezes são reais. Mas será que todas são necessárias? Grande parte daquilo que chega até nós não acrescenta nada de positivo, apenas alimenta a insegurança, a ansiedade e o medo.
E não falo apenas da mídia. Penso também naquela tia que insiste em compartilhar desgraças no grupo da família, no amigo que sempre enxerga o lado mais pessimista de qualquer situação, ou até mesmo nas pessoas que, por hábito, mergulham em pensamentos negativos e tentam nos arrastar junto.
Por isso, percebi que não precisamos apenas de máscaras físicas, mas de filtros mentais. Precisamos aprender a bloquear informações irrelevantes ou nocivas que não contribuem para o nosso bem-estar. Criar limites saudáveis pode ser a diferença entre manter a paz interior ou mergulhar no caos emocional.
Eleja fontes de confiança para se informar, reduza o contato com conteúdos tóxicos e escolha com cuidado as conversas que cultiva. Cuidar da mente é tão importante quanto cuidar do corpo. E quando selecionamos melhor aquilo que deixamos entrar em nossa vida, abrimos espaço para pensamentos mais leves, esperanças renovadas e uma consciência mais equilibrada.
Andrea Pavlovitsch - 1: